sábado, 7 de março de 2009

Missão é Evangelização.


Nos ultimos dias tenho pensado seriamente sobre os paradigmas missonários da Igreja brasiliera, e principalmente o que a teolgia tem a dizer a respeito, tenho questionado com a religião do crucificado tornou-se tão mecanica. E é sobre isso que escrevo nas três postagens abaixo. na verdade é um série de três artigos, intitulados de missão e evangelização. Minha oração é que Deus possa tocar os seus corações com essas singelas ruminações de um 'Pentecostal'. Os artigos não seguem uma lógica.
"Todo Cristão que aceita cegamente as opniões da maioria, e segue por medo ou timidez o caminho da aprovação social, torna-se mentalmente e espiritualmente num escravo" Martin Luther King Jr.


I

O pensar sobre missões em algumas comunidades de fé cristã brasileira, ainda é formatado na perspectiva do confuso paradigma colonialista provinciano, onde confundem cristianismo com “ocidentalismo”, modus vivendi do Reino,e os costumes do ocidente. Entretanto com a globalização, o processo missionário deixa os seus modelos unilaterais, para um determinismo policêntrico do mundo globalizado, paises que não eram ouvidos no que tange a missões transculturais agora possuem relativa significância no que diz respeito ao assunto.O Brasil que há pouco tempo era apenas passivo de ações missionárias, agora assume o seu papel com celeiro de missionários e passam a enviar obreiros para os cincos continentes, por todos os lugares do mundo, é possível hoje encontrarmos missionários brasileiros das mais variadas confissões cristãs, católicos e protestantes estão exportando a brasilidade da fé cristã.
A missio Dei, (Missão de Deus) termo cunhado pelo teólogo suíço Karl Barth, refere-se ao amor imanente e gratuito de Deus em busca do homem. Ao afirmarmos que Deus é amor, precisamos levar em conta que Ele é dialogo tolerância, e optou pelos os excluídos, fatores esses que são imprescindíveis para uma correta formulação missiológica. Apesar dos avanços das igrejas brasileiras em terras além-mar, a relação delas com a missio Dei ainda é confusa e difusa (falo eu, e não o Senhor) as instituições cristãs sentem-se donas da missio Dei, quando eram para se sentirem agentes, fazer missão hoje no Brasil é uma luta fratricida, cuja a intenção maior é tornar celebre os nomes de alguns líderes religiosos. Urge uma reparadigmização sobre o que é fazer missões, sobre o Reino de Deus, e sobre o nosso lugar nesse Reino. Acredito que os nossos métodos missionários podem ser mais humanitários e humanizantes, repensando os odres e conservando o “Boom” vinho.
II
Os discípulos são comissionados por Cristo em Marcos 6.37, a dar de comer a multidão; ou seja, resolverem um problema de ordem social; de igual modo à comunidade da fé contemporânea é convidada por Cristo a juntarem forças para o combate aos problemas sócias modernos, fome miséria, exclusão social, etc. Os dias da chamada pós-modernidade, com a sua mentalidade neoliberal, desenvolveram uma política que exclui os pobres e despossuidos; acredito que a Igreja pode ajudar na erradicação da fome e da miséria das seguintes maneiras:
1. Convidar os pobres a fazerem parte dos programas da comunidade cristã, com uma evangelização “holística” (O evangelho todo para o homem todo).
2. Distribuir não esmolas, mas cidadania.
3. Inclusão de disciplinas mais “humanas”, (no sentido de serem menos teóricas, e mais práticas) nas grades curriculares dos centros de ensinos teológicos.
4. Incentivar os membros das comunidades de fé cristã a criarem ou apoiarem pastorais que ofereçam cursos profissionalizantes.
5. Promover palestras conscientizadoras sobre a relevância de não desperdiçar alimentos, uma vez que consumimos apenas 1/3 de toda produção alimentícia mundial.
6. Priorizar pessoas em vez de construções.
Essas são as maneira que eu acho que pode ajudar a solucionar a fome e miséria, uma vez que toda lista é subjetiva, fico aberto a novas idéias.
III
Falar de Cristiano missionário é entregar-se a tautologia, pois se não existe missões, não existe Cristianismo; entrementes a compreensão cristã sobre missões foram evoluindo ao longo dos séculos. “Até o Século XVII o termo era usado exclusivamente com referência a doutrina da trindade” (BOSCH, 2007, p.17). Vivemos hoje na pós-modernidade uma crise nos nossos Paradigmas de missões, mas não se trata de algo novo, pois a igreja ao longo de sua historia, fora forçada a fazer mudanças, e reavaliar os seus conceitos missiológicos.
O paradigma missionário emergente, centrado na Justiça e no amor, é relevante, pois ele não divorcia a relação evangelista com e os problemas sociais, pois o legado agostiniano herdado por nós tem tendência de dividir a realidade em pontos extremos e rigidamente irreconciliáveis, mister é dizer que ao enfatizarmos a justiça que é o “aqui-agora”, não devemos perder a transcendentalidade do amor, que o “ali- além”. Acreditamos que fé cristã não é apenas um projeto temporário.A igreja é conclamada a se posicionar profeticamente em favor dos pobres, que estão inseridos em uma economia desprovida de coração, onde as pessoas valem o que ganha enquanto ganham, mas a igreja também deve sinalizar o Reino que esta por vir, Concluímos que Justiça e amor, não se excluem, mas coexistem.
Fanuel Santos. Pólo Brasília.

4 comentários:

  1. Meu amigo Fanuel, quero parabeniza-lo pelo brilhante artigo sobre evangelização. Vc tem o tato,e a sensibilidade de grande escritor. Continue nessa força Brother!

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  2. Obrigado grande amigo, estou com saudades das nossas conversas. Deus te abençõe.

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  3. Graça e paz,querido gostaria de parabeniza-lo pelo Blog, Deus continue te abençoando

    Soli deo Glória

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  4. Obrigado Irmão, estamos abertos a sugestões.. abraços

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