segunda-feira, 24 de maio de 2010

Evangelização

A Igreja não é o reino de Deus, mas expressão, vanguarda, antecipação e sinal desse mesmo reino. Nem todos os que nela visivelmente estão, de fato são; nem todos os que dela são, visivelmente estão. Nela encontramos diversos dons, vocações e níveis de maturidade.

O Brasil tem sido um país de ‘donos’. O nosso legado é religioso, mas de uma religiosidade superficial e de conteúdo ético débil. Os cristãos, espalhados pelas várias classes sociais, vamos reproduzindo a ideologia, os interesses e os discursos das nossas respectivas classes. Não percebemos que o compromisso com o reino de Deus nos chama para a denúncia, a pronúncia, a proposta e a ação.

Entre as nações e dentro das nações o conceito de justiça social é considerado uma aberração. A competitividade pressupõe o individualismo e a solidariedade é algo contraproducente. O mundo ‘normal’ requer a luta de todos contra todos, com a sobrevivência dos mais fortes. O lema da nossa época parece ser: ‘Cada um por si e o diabo por alguns’.

A ação iluminada pela adoração e pela reflexão nos dará melhores condições para ver, julgar e agir, sem sacralizarmos sistemas ou épocas, mas sendo sal e luz, a partir de um eterno que tenha sempre o frescor da atualidade.”

quinta-feira, 20 de maio de 2010



O homem diz-se, é naturalmente um ser inquiridor, único na diversidade e diverso na unidade, sua vida não é uma questão de definições, suas emoções influem categoricamente no seu comportamento e na sua linguagem. Pois bem, começamos a aula discutindo tais premissas, as emoções influenciam na linguagem? E a linguagem? Tem algo a acrescentar nas emoções?
O mestre Luiz Ricardo pergunta a alguns alunos relatos sobre de como e quando as emoções influenciaram negativa e positivamente em suas práxis acadêmicas e pessoais. Pelos relatos dos colegas, mormente o da Maria do Socorro notei que muito alem de sermos seres racionais, somos seres emotivos e simbólicos; voltando a ‘milenar’ conversa sobre teoria e pratica. Gostei da observação feita pelo aluno Moises, sobre a necessidade de sermos professores pesquisadores, e não apenas meros receptáculos e consumidores de informações, quase sempre nos portando acriticamente frente às mazelas da sociedade. Urge que os docentes se posicionem criticamente, não apenas uma critica pela critica, pois tal procedimento é inócuo e deve ser relegada a obsolescência.
Faço coro com os teóricos da complexidade sobre os auspícios do Edagar Morrin, ao afirmar que a realidade é formada por um cipoal de heterogeneidades complexas, partindo dessa premissa discutimos o papel da espiritualidade na educação para formação de um homem integrado. Bom, o tema é polêmico por isso as reações e retroações sobre o assunto fora diversos, há alguns colegas que infelizmente ainda confundem espiritualidade com o fundamentalismo estadunidense. Uma educação que pretere esse lado humano (a saber, a espiritualidade) que teima em existir mesmo depois de todos os prognósticos dos pensadores iluministas, esta subdesenvolvida e formando seres subdesenvolvidos.
Após uma pequena pausa para um intervalo, recomeçamos as discussões sobre nossas práxis docentes. O Mestre Luiz fala sobre a necessidade de pensarmos globalmente e agirmos localmente; fora fantástico as conclusões que chegamos, pois pela primeira vez na historia da humanidade os seres humanos podem estar concomitantemente em dois lugares ao mesmo tempo. A observação do Carlão fora uma sumidade, pois essas tecnologias chegam para somar com a educação e não para dividir, elas não são a totalidade do processo educativo. Mediante isso, posso afirmar que a educação flerta com o que há de mais moderno em tecnologia, todavia não pretere o arcaico, e porque não dizer o austero.
Na volta do intervalo do almoço, discutimos a epistemologia, que em termos simples podemos sintetizar como a ciência que estuda os princípios, teorias métodos das ciências. Cativou-me de forma arrebatadora a discussão referente a quais ciências deveriam estudar os fenômenos sociais. Particularmente acho que os fenômenos sociais e responsabilidades de todas as ciências, devemos sacrificar nossas empáfias cientificas no altar do crescimento do humano, afinal dois monólogos não fazem um dialogo.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pós-graduação


A aula do dia 24.04.2010 começa de forma mui agradável e descontraída, de maneira segura e convincente o professor Luiz Ricardo se apresenta individualmente a cada aluno, perguntando aos mesmos seus respectivos nomes. Confesso que a principio estávamos meio tensos perguntando-nos como seria o desenrolar da aula, todavia após as devidas apresentações entre docente e discente toda nebulosidade apreensiva é retirada. Ao som de uma suave musica a sala torna-se leve e convidativa a reflexão; um sorriso no rosto denuncia o espírito fraternal da turma, assim começa a primeira aula de Fundamentos teóricos da educação na Faculdade Salesiana Dom Bosco.
É notório nas faces e frases dos colegas a vontade de assimilar tudo, mormente subsídios para se tornarem pessoas melhores, logo profissionais melhores. O mestre Luiz Ricardo expõe aos alunos suas propostas pedagógicas e avaliativas. Seu método avaliativo consiste em um diário de bordo a ser feito individualmente por cada aluno (motivo que me faz pegar a pena) Nesse diário deverão ser registrado todas as nossas percepções sobre as aulas, seus amores e seus humores.
Já dizia o poeta: “Recorda é viver”, valendo-se dessa máxima o professor convida-nos a fazermos um mergulho nas nossas interioridades, e relatarmos aos nossos colegas alguma musica que de certo modo marcara as nossas vidas, não é sem razão que o Roberto Carlos ainda é “Rei”, suas musicas marcaram a grande maioria que expressaram suas experiências, valendo-nos do método indutivo podemos dizer que 70% dos relatos de vida eram embalados pelas musicas do Roberto.
Após um curto intervalo começamos a trabalhar o texto A RAZÃO E A FORMAÇÃO DO HOMEM INTEGRADO E A CRISE DE PARADIGMAS. O texto remete-nos a uma viagem antropológica, creio que podemos dizer que teológica também, acerca da historia do homem seus erros e acertos seus medos, na tentativa de desvendar os mistérios que subjazem sua existência. Nessa curta abordagem do texto podemos notar como os seres humanos são complexos e de certa maneira ambíguos em suas relações com os seus pares contemporâneos.