quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O tabuleiro


No meio da partida, olhando para o tabuleiro de xadrez, minha esposa diz: “Esse jogo imita a vida!” Eufórico com as minhas jogadas não me ative ao tirocínio daquela reflexão. Oba! Cheque mate! Passado alguns dias peguei uma antiga agenda dos tempos de seminário, quando fazíamos teologia para “mudar o mundo”, a saudade dos verdadeiros amigos avassalava, me deparei com uma frase de um celebre pensador evangélico: ”Somos pedras moveis no tabuleiro da providencia.”

Se a vida é um jogo, e nesse caso de xadrez, então cada ser humano é uma peça desse tabuleiro. Alguns são torres, bispos (agora esta na moda hein!) “cavalos” e outros realeza e peões.

Os peões estão fadados a andarem para frente, e serem mortos por um sistema que o oprime. Sua morte é um mal necessário para adubar o terreno neoliberal, seu sangue engraxa as engrenagens de um sistema que locupleta os mais ricos; e alguns peões são enganados por Bispos inescrupulosos que prometem fazê-los reis e rainhas se eles entrarem na “torre” (igreja) der o que tem; Afinal de contas Uns confiam em carro e outros em “cavalosSalmos. 20.7

No tabuleiro da vida, também existe as rainhas. Suas possibilidades são inúmeras, andam por todos os lados e ameaçam seus inimigos. Sua Majestade o Rei! Todos vivem para guardá-lo, sua perca é inestimável. A realeza é diferente dos peões, não se imiscui com tais seres fétidos e amorfos. Assim mesmo é a vida, alguns têm de mais, outros nada tem. Mais o quando o jogo termina o rei e o peão é guardado na mesma caixa! Que cômico na mesma caixa! Para que tanta pouse se somos todos iguais.