quinta-feira, 19 de março de 2009

Outro Brasil.


Recuso-me a aceitar as definições do Brasil propostas por propagandas do governo federal incentivando o turismo nacional e internacionalmente, como se tudo que somos se resumisse na fática tríade macumba, Carnaval e Futebol. Tais expressões culturais, exceto o futebol não fazem parte da minha tela biografica, e nem dos muitos evangélicos espalhados pelo solo tupiniquim (ALENCAR; 2005); e se tratando de um País com dimensões continentais e com uma rica hetorogenidade cultural, a proposta do governo é racista e mutilante (Ignorante?). Lembro-me da quinta série do ensino médio, uma professora de geografia que não polpava insultos gratuitos aos crentes um dia fez a seguinte pergunta aos alunos com um carregado sotaque italiano, um dos motivos pelo o qual ainda não me esqueci do incidente: - o que seria de nós se a cidade fosse só de protestantes? (SIC), todos os alunos me olharam como se de mim emanasse um fluxo de peçonha mortal, senti por alguns instantes o que era ser um herege. Por toda infância tive que ouvir piadinhas por ser filho de Pastor, não pucas vezes me preteriram nas brincadeiras de rodas, por eu ser Crente; cheguei a ficar com vergonha algumas vezes, pensei que ser protestante era ser 'careta', careta é morrer de AIDS, como falara o sábio baterista do Oficina G3. O que há? Porque nos os protestantes não fazemos parte da cultura nacional? Porque o André Petry (Petryficado) colunista da veja nos chama raivosamente de "massa de Evangélicos homofóbicos"? como diz uma comunidade do Orkut: "Leu na Veja? Azar o seu" já Somos obrigados a viver em guetos desenvolvendo uma subcultura evangélica, chamados ironicamente por uma mídia inescrupulosa e amoral de ‘povinho’, os Pseudointelectuais têm evangelicofobia, ainda querem nos chamar de preconceituosos? Quer saber? Cansei! quero falar do meu Brasil, o Brasil que muitos fazem questão de não ver, e nem por isso deixa de ser pujante que também têm Palmeiras onde cantam os sabias, onde as manhãs não são menos alegres do que as propostas pelo a Dona Benta do Sítio do pica-pau amarelo, com um detalhe nas nossas manhãs falamos com Deus e exorcizamos o Saci-Pererê. No nosso Brasil (dos Crentes), não dançamos aos sons da pombasgiras, não precisamos ofereçer cachaça para os espiritos que eu chamo de dêmonios, para lograrmos suas bençãos. No meu Brasil ainda há esperança para ofereçer ao Brasil deles, no meu Brasil não jogamos crianças pelas janelas. gosto de ser brasileiro, mas tenho orgulho de ser Crente.

8 maneiras de mudar o mundo.



Mateus. 25.34-40

Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;

Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;


Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.


Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?

E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?

E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?

E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes

terça-feira, 10 de março de 2009

Salvação Integral: Por uma Soteriolgia mais ‘Concreta’.


"Ora se eu sendo Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros" João 13.14



A Salvação em seus múltiplos aspectos e conceitos constitui o anseio maior de todos os seres humanos em todos os tempos, fato passivo de comprovação ao observarmos as religiões; pois todas elas pregam uma soteriologia. O Cristianismo também não é diferente, afirmamos que o grande Deus mediante o sacrifício vicário do Cristo proporcionou-nos um escape das mazelas e contingências do existir, somo salvos pela graça mediante a fé, sendo a mesma um dom gratuito de Deus, estamos sendo salvos ao que chamamos de santificação, e seremos salvos cabalmente ao chegarmos ao céu o que denominamos glorificação. O certo é que todos os modelos propostos pelo cristianismo para o vocábulo salvação enaltecem o espírito em detrimento ao corpo, relegando ao mesmo uma categoria inferior, revivendo assim o gnosticismo que por sua vez realçava a esfera espiritual em detrimento a material.
As teologias sistemáticas ou dogmáticas em sua grande maioria, ao tratarem sobre o tema da salvação, divergem quanto à forma e aplicabilidade, ordo salutis, ou o seu equivalente em português ordem da salvação, calvinistas e arminianos digladiam uma luta hercúlea (ínfima?) advogando a ortodoxia soteriologica correta.
Acredito que a Salvação porvir é verdadeira, pois a nossa esperança em Cristo não se limita a essa vida, se assim fosse seriamos os mais miseráveis de todos os homens (I Cor. 15.19), todavia diante das misérias humanas, e o aumento vertiginoso das classes menos favorecidas, mormente na nossa nação que tem hoje 56,9 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza e 24,7 milhões de pessoas vivendo em extrema pobreza. A igreja precisa pregar uma salvação holística, uma Soteriolgia mais ‘concreta’, uma doutrina da Salvação do Reino “Já”, um postura profética diante das misérias humanas. A salvação integral é mais do que mero proselitismo baseado em doações de donativos, e antes de tudo a tomada de consciência do dever inalienável da igreja em anunciar a “boa nova toda a toda gente boa e nova”, o evangelho todo para o homem todo, e para todos os homens; sem fazer dicotomia entre o corpo e a alma, pois “Corpo sem alma é defunto, e alma sem Corpo é fantasma”




Fanuel Santos


sábado, 7 de março de 2009

Missão é Evangelização.


Nos ultimos dias tenho pensado seriamente sobre os paradigmas missonários da Igreja brasiliera, e principalmente o que a teolgia tem a dizer a respeito, tenho questionado com a religião do crucificado tornou-se tão mecanica. E é sobre isso que escrevo nas três postagens abaixo. na verdade é um série de três artigos, intitulados de missão e evangelização. Minha oração é que Deus possa tocar os seus corações com essas singelas ruminações de um 'Pentecostal'. Os artigos não seguem uma lógica.
"Todo Cristão que aceita cegamente as opniões da maioria, e segue por medo ou timidez o caminho da aprovação social, torna-se mentalmente e espiritualmente num escravo" Martin Luther King Jr.


I

O pensar sobre missões em algumas comunidades de fé cristã brasileira, ainda é formatado na perspectiva do confuso paradigma colonialista provinciano, onde confundem cristianismo com “ocidentalismo”, modus vivendi do Reino,e os costumes do ocidente. Entretanto com a globalização, o processo missionário deixa os seus modelos unilaterais, para um determinismo policêntrico do mundo globalizado, paises que não eram ouvidos no que tange a missões transculturais agora possuem relativa significância no que diz respeito ao assunto.O Brasil que há pouco tempo era apenas passivo de ações missionárias, agora assume o seu papel com celeiro de missionários e passam a enviar obreiros para os cincos continentes, por todos os lugares do mundo, é possível hoje encontrarmos missionários brasileiros das mais variadas confissões cristãs, católicos e protestantes estão exportando a brasilidade da fé cristã.
A missio Dei, (Missão de Deus) termo cunhado pelo teólogo suíço Karl Barth, refere-se ao amor imanente e gratuito de Deus em busca do homem. Ao afirmarmos que Deus é amor, precisamos levar em conta que Ele é dialogo tolerância, e optou pelos os excluídos, fatores esses que são imprescindíveis para uma correta formulação missiológica. Apesar dos avanços das igrejas brasileiras em terras além-mar, a relação delas com a missio Dei ainda é confusa e difusa (falo eu, e não o Senhor) as instituições cristãs sentem-se donas da missio Dei, quando eram para se sentirem agentes, fazer missão hoje no Brasil é uma luta fratricida, cuja a intenção maior é tornar celebre os nomes de alguns líderes religiosos. Urge uma reparadigmização sobre o que é fazer missões, sobre o Reino de Deus, e sobre o nosso lugar nesse Reino. Acredito que os nossos métodos missionários podem ser mais humanitários e humanizantes, repensando os odres e conservando o “Boom” vinho.
II
Os discípulos são comissionados por Cristo em Marcos 6.37, a dar de comer a multidão; ou seja, resolverem um problema de ordem social; de igual modo à comunidade da fé contemporânea é convidada por Cristo a juntarem forças para o combate aos problemas sócias modernos, fome miséria, exclusão social, etc. Os dias da chamada pós-modernidade, com a sua mentalidade neoliberal, desenvolveram uma política que exclui os pobres e despossuidos; acredito que a Igreja pode ajudar na erradicação da fome e da miséria das seguintes maneiras:
1. Convidar os pobres a fazerem parte dos programas da comunidade cristã, com uma evangelização “holística” (O evangelho todo para o homem todo).
2. Distribuir não esmolas, mas cidadania.
3. Inclusão de disciplinas mais “humanas”, (no sentido de serem menos teóricas, e mais práticas) nas grades curriculares dos centros de ensinos teológicos.
4. Incentivar os membros das comunidades de fé cristã a criarem ou apoiarem pastorais que ofereçam cursos profissionalizantes.
5. Promover palestras conscientizadoras sobre a relevância de não desperdiçar alimentos, uma vez que consumimos apenas 1/3 de toda produção alimentícia mundial.
6. Priorizar pessoas em vez de construções.
Essas são as maneira que eu acho que pode ajudar a solucionar a fome e miséria, uma vez que toda lista é subjetiva, fico aberto a novas idéias.
III
Falar de Cristiano missionário é entregar-se a tautologia, pois se não existe missões, não existe Cristianismo; entrementes a compreensão cristã sobre missões foram evoluindo ao longo dos séculos. “Até o Século XVII o termo era usado exclusivamente com referência a doutrina da trindade” (BOSCH, 2007, p.17). Vivemos hoje na pós-modernidade uma crise nos nossos Paradigmas de missões, mas não se trata de algo novo, pois a igreja ao longo de sua historia, fora forçada a fazer mudanças, e reavaliar os seus conceitos missiológicos.
O paradigma missionário emergente, centrado na Justiça e no amor, é relevante, pois ele não divorcia a relação evangelista com e os problemas sociais, pois o legado agostiniano herdado por nós tem tendência de dividir a realidade em pontos extremos e rigidamente irreconciliáveis, mister é dizer que ao enfatizarmos a justiça que é o “aqui-agora”, não devemos perder a transcendentalidade do amor, que o “ali- além”. Acreditamos que fé cristã não é apenas um projeto temporário.A igreja é conclamada a se posicionar profeticamente em favor dos pobres, que estão inseridos em uma economia desprovida de coração, onde as pessoas valem o que ganha enquanto ganham, mas a igreja também deve sinalizar o Reino que esta por vir, Concluímos que Justiça e amor, não se excluem, mas coexistem.
Fanuel Santos. Pólo Brasília.