quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O INIMIGO SEMPRE FOI OUTRO.


Ontem à noite muito bem acompanhado pele minha esposa, fomos ver a produção brasileira Tropa de Elite II. O INIMIGO AGORA É OUTRO. Wagner Moura na pele do ‘neurótico’ capitão nascimento mais uma vez mostrou porque é louvado como um dos melhores atores da nova geração. No primeiro filme, Nascimento e companheiros radicalizam contra os bandidos do Rio de Janeiro; culpavam mauricinhos e patricinhas universitárias que enriqueciam traficantes no morro. No segundo filme, Nascimento descobre que o buraco é muito mais embaixo, e muito mais sujo do que ele imaginava, ao acabar com os traficantes, ele estava realmente criando o seu maior inimigo, os PM corruptos da corporação e os governantes pilantras que se locupletam com a miséria dos espoliados. O filme faz uma critica a miséria que a nação esta imersa, como diria meu pai. “Se colocarmos sino em pescoço de bandido, ficaríamos surdos de tantas baladas”. As vezes desfruto a sensação do irreversível caos, o niilismo fatídico rouba-me o sono ao ver tanta miséria nos seres humanos. O que fazer chamar o capitão Nascimento para nos proteger? Não ele é apenas Wagner Moura, que também interpretou o bandido Olavo em uma determinada novela, mostrando com isso as ambigüidades dos seres humanos. Bater! Espancar, matar os traficantes! Seria apenas uma cura superficial, o verdadeiro mal se chama pecado, que desde o Éden avassala os seres humanos e os subjugam. O inimigo sempre foi outro, e sempre será outro. “Pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade das regiões celestiais. Ef. 6.12.

Fanuel Santos minutos antes de sair para o ensaio do casamento da Cássia.