quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Estudos na Missiva I de Pedro.


02.09.2009

Introdução.
Nesse mês de Setembro estaremos ministrando uma série de estudos na primeira epístola do apostolo Pedro, epístola essa notável pela doçura, a bondade e o amor humilde com que está escrita. Dá um resumo, breve embora claro, das consolações e das instruções necessárias para estimular e dirigir o cristão em sua viagem ao céu, elevando seus pensamentos e seus desejos a essa felicidade e fortalecendo-o em seu caminho contra a oposição procedente da corrupção interior e das tentações e aflições exteriores. Nosso objetivo é estudar todos os capítulos e extrair, as várias exortações para a vida do fiel em meio a uma sociedade que é ímpia. Algumas considerações para um maior aproveitamento das palestras são necessárias, se não vejamos:
A Bíblia, ou Sagradas escrituras é formada por duas unidades que, embora distintas, formam um único volume cujo o tema principal é a pessoa de Jesus Cristo, como dizia Santo Agostinho: “Novo Testamento acha-se velado (Oculto, encoberto) no Antigo Testamento, e o Antigo, revelado no Novo”. Quando falamos em NT (Novo Testamento) estamos nos referindo a uma Nova aliança que Deus fez com um homem, um novo pacto. Desta vez, não fundamentada na Lei, mas na graça salvadora que trás salvação a todos os homens. (Tito 2.11) Quanto a sua estrutura literária o NT divide-se em:
ü Evangelhos (a vida de Jesus).
ü Atos dos Apóstolos (o surgimento do movimento cristão).
ü Cartas (a consolidação do cristianismo).
ü Apocalipse (a esperança futura).
E sobre o Gênero Carta que falaremos nessa noite.
Características do Gênero Literário Carta
As cartas aparecem em sua maior parte seguindo a estrutura das cartas daquele período:
• Nome do Remetente (e companheiros)
• Destinatário
• Ações de Graças (destacando alguma virtude do destinatário)
• Corpo da Carta
• Saudação, despedida e bênção.
As cartas tinham como Moto principal dirimir picuinhas das comunidades, bem como levar uma palavra de exortação e consolo as primitivas comunidades cristãs do primeiro século.
1. Considerações sobre o Capítulo. 1.1
Esta epístola está dirigida aos crentes em geral, que são estrangeiros em toda cidade e país onde morem e estão disseminados por todas as nações. Eles têm que atribuir sua salvação ao amor escolhedor do Pai, a redenção do Filho e a santificação do Espírito Santo; e, assim, dar glória ao Deus único em três Pessoas em cujo nome foram batizadas.
1.1 Ações de Graça pela nossa vocação, e Esperança 1.3
A esperança no vocabulário mundano se refere somente a um bem incerto, porque todas as esperanças mínimas são instáveis, edificadas sobre areia, e as esperanças do céu que tem o mundano são conjecturas cegas e sem fundamento. Porém, a esperança dos filhos do Deus vivo é uma esperança viva; não só acerca de seu objeto, senão também em seu efeito. Vivifica e consola em todas as angústias, capacita para enfrentar e superar todas as dificuldades
1.2 A Singularidade da nossa herança. 1.4
Diferente das herança dos israelitas em Canaã, a herança cristã é viva e eterna no reino de Deus. O apostolo elucida-nos que a nossa herança não estar sujeita a as máculas da viagem terrena, e esta imune a deterioração causada pelo tempo. Por maiores que sejam os bens dos homens ricos, eles não conseguem livrar-se da segunda Lei da termodinâmica, ela é parcialmente uma lei universal de deterioração, a causa final por que todas as coisas finalmente caem aos pedaços e se desintegram com o tempo. Coisas materiais não são eternas. Tudo parece mudar eventualmente, e o caos aumenta. Nada permanece tão fresco como no dia em que é comprado; roupas desbotam, ficam surradas, e finalmente retornam ao pó. Tudo envelhece e se desgasta. Até a morte é uma manifestação desta lei. Os efeitos da Segunda Lei estão em todo lugar, tocando tudo pelo universo, menos na nossa herança porque ela é imarcescível.
1.3 As nossas tribulações têm como meta o nosso aperfeiçoamento. 1.6-12.
Via de regra enxergamos o sofrimento como algo de Deus contra nos, e não como algo de Deus em nosso favor, mister é dizer que converte-se ao cristianismo não é andar por jardins engrinaldados de flores, cortados por águas plácidas e verdejantes. São as grandes corridas que fazem os grandes atletas (Usain Bolt) são os grandes temporais que fazem os grandes marinheiros, são as grandes tribulações que fazem os grandes servos de Deus. Nos asseguremos que a nossa fé é fortalecida pelas vitórias e até mesmo pelos fracassos momentâneos da vida. “No Céu ninguém usará coroa se não carregar uma cruz aqui em baixo”. (Charles. H. Spurgeon)
1.4 A santidade na vida. 1.13.21
Como o viajante, o atleta, o guerreiro e o trabalhador recolhem suas vestes longas e soltas, para estar preparados para suas atividades, assim façam os cristãos com suas mentes e afetos. Sejam sóbrios, vigiem contra todos os perigos e inimigos espirituais e sejam moderados em toda conduta. Sejam sóbrios na opinião e na conduta e humildes em seus juízos sobre vocês mesmos. Uma confiança firme e perfeita na graça de Deus harmoniza com os melhores esforços em nosso dever.
A santidade é o desejo e o dever de todo cristão. Deve estar em todos os assuntos, em cada condição, e para toda a gente. Devemos vigiar e orar especialmente em contra dos pecados aos que nos inclinamos. A palavra escrita de Deus é a regra mais segura de vida do cristão, e por essa regra se nos ordena sermos santos em tudo. Deus faz santos aos que salva.
1.5 Vivendo em Amor. 1.22.25
O Apostolo termina o primeiro capitulo falando acerca do Modus Vivende do Cristão, cujo principal objetivo deve ser o amor não fingido, o amor é apologética final do discipulado cristão “Nisto conhecereis que sois meus discípulos se tiverem amor um para com os outros” João 13.35. Os discípulos de Jesus, não são conhecidos por credos, confissões ou placas denominacionais, são conhecidos apenas pelo o amor..

Bom fim de Semana a todos..
Pedindo a Deus por vossas vidas, Pb. Fanuel Santos..