domingo, 28 de novembro de 2010

Fim do Casseta e planeta!!


Não poderia deixar de registrar minha alegria em saber que esse 'lixo' vai sair do ar.


A globo publicou no seu portal que dia 21 de dezembro do corrente ano será o ultimo


episódio. para mim a frase seus Problemas acabaram nunca fizeram tanto sentido.


hahahahahah.... E !quando será a vez do Fautão, e do Zorra total



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

SATISFAÇÃO INTERIOR Aprendi a estar contente Filipenses 4




Ansiedade é ocupar-se com o que não está sob controle. Somos ansiosos porque desconfiamos de quem acreditamos ser responsável por nossa sobrevivência. Desconfiamos de Deus e de seu caráter. Desde nossa infância desconfiamos, proporcionalmente aos traumas que vivemos, das pessoas que deveriam nos proteger. E desconfiamos de nossa própria capacidade.

Somos ansiosos porque confundimos necessidades com desejos. Tratamos nossos desejos como se fossem nossas necessidades básicas, projetamos, lutamos, sofremos por realidades que não são necessárias.

E ainda, nossa ansiedade se deve à nossa insatisfação crônica. Não estamos contentes com nada. Quando conquistamos o que desejávamos, pensamos ser pouco e passamos a desejar mais.

A energia que dispensamos com os temores causados pela desconfiança pode ser canalizada em oração, por tudo, em cada momento, a cada ansiedade. Dá o mesmo trabalho orar e preocupar-se, mas o resultado é bem diferente.

A ocupação ansiosa com o que não está em nosso controle, com o que não existe, com o que é apenas projeção, pode ser substituída por uma experiência consciente de contentamento com o momento, com a fase da vida. Se não houver satisfação interior, nenhuma mudança externa satisfará de verdade o ser.

©2010 Alexandre Robles

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Leitura popular das Escrituras..


A leitura popular da Bíblia tem como chave hermenêutica as realidades enfrentadas pelos oprimidos em busca de libertação; e tem suas origens históricas e teológicas que remontam ao cristianismo primevo. Seguindo o exemplo do Cristo homens como João Crisóstomos, Basílio de Cesárea, Gregório Nanzianzeno, fizeram leituras que privilegiavam os espoliados contra os poderosos da época. Na idade média muitos movimentos se apropriaram dessa leitura, sendo perseguidos e condenados como hereges. Os reformadores também estavam cônscios do poder libertador que o texto possuía para vida dos despossuídos e marginalizados pela tirania do sistema político e religioso; por isso mesmo colocaram a Bíblia na mão do leigo. Na America em solidariedade com as causas indígenas Pe. Antonio de Montesinos e Frei Bartolomé de Las casas, liam a Bíblia a partir da realidade dos índios.

Teologicamente poderíamos justificar a leitura popular valendo de um dos atributos de Deus que é liberdade, ou seja, autonomia para fazer o que lhe apraz orientando os fieis na caminhada da fé diante dos seus problemas reais; e também temos a companhia do Paraclitos que sopra no texto o vento revigorante que tira todo decrepitude e reverbera na vida do fiel que por sua vez atualiza o texto a sua vida.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Monoteismo


O monoteísmo hebraico caracteriza-se pela afirmação da existência de um só Deus. Sua oficialidade doutrinaria embasa-se em algumas expressões de fé, e São elas:

1-Somente Yahveh é Deus. Esta afirmação tem sua expressão marcante no famoso shema Yisrael em Dt 6,4. Ali se afirma textualmente: “Ouvé, ó Israel,Yahveh é nosso Deus, Yahveh é um”. A formulação é um credo de fé. É marcante para a consciência hebraica da adoração exclusiva a um só Deus.

2- O culto deve ser anicônico. Dizer isso significa que as práticas religiosas ou cúlticas devem acontecer sem recurso a qualquer tipo de imagens representativas de Deus. A proibição do uso de imagens acontece ao longo do conjunto dos textos da Bíblia hebraica como elemento religioso e identitário marcante da cultura hebraica.

3- Fé em Deus e ética no cotidiano. A reverência ao Deus Yahveh deve ser acompanhada por práticas eticamente regradas, substanciadas em mandamentos e leis. A dimensão ética da pertença à comunidade dos fiéis a Yahveh tem sua expressão no conjunto de leis, normas e orientações condensadas na Torá, isto é, na primeira parte da Bíblia hebraica. Por isso se fala também de ‘monoteísmo ético’.

O monoteísmo hebraico, embora seja a fé de um povo não surgiu de forma isolada e a-historica a partir do deposito de uma única cultura semítica. Sua formação se deu em dialogo com outras culturas e expressões de fé dos povos vizinhos; portanto o monoteísmo hebreu é uma síntese teológico-cultural produzida pelo povo do antigo Israel ao longo de vários séculos.

A adoração a uma única divindade fora um processo de discernimento e construção de um ideário e sua gradual inserção no imaginário coletivo do povo hebreu. Nos momentos inicias do povo hebreu havia uma pluralismo religioso, atestado pela existência de um panteão de deuses cananeus e Yahveh divindade que viria a ser própria dos hebreus, amalgamou-se com os atributos dos deus cananeu EL. Formas itinerantes e diversidade de culto eram marcantes neste período. A ‘arca da aliança’, mencionada em vários textos relativos a este período, é símbolo desta itinerância. No reinado de Davi, quando a arca é levada para a Jebus o culto a Javé torna-se culto oficial do estado, surgindo a idéia do Deus-rei, decantado em vários salmos. Com os cismas políticos e a descentralização do poder político de Jebus, os hebreus experimentaram outras divindades, ou até mesmo desenvolveram outras formas de cultuar a Yahveh, como é o caso da adoração ao deus Baal nas eiras e nas praças, denunciado pelos profetas como prostituição religiosa e como idolatria.

Nas reformas religiosos propostas por Ezequias e por Josias uma busca por um monoteismo nacional fora propugnada, toda forma de adoração a Yahveh desconectada de Jerusalém era anátema vários lugares de adoração foram destruídos.

Todavia, o amadurecimento e uma consolidação do monoteísmo hebraico se dá durante os séculos VI e V a.C., entre os anos de 597 e 538, no período do exílio. Neste período do chamado‘cativeiro babilônico’, parte do povo hebreu se viu confrontada através da convivência direta, com a cultura e as idéias religiosas dos povos mesopotâmicos, especialmente dos babilônios. Nessa dialética com as culturas estranhas, houve retroações de adaptações que redundaram em formas sincréticas de adoração, embora sobre a perspectiva hebraica. A manutenção e a afirmação da fé em Yahveh se tornaram expressões identitárias durante este tempo. A síntese monoteísta é: “somente Yahveh é Deus, fora dele não há outro deus” (Isaías 44,6)14. Aqui se está no nível de um ‘monoteísmo universal’, ainda que o termo ‘universal’ deva ser entendido em proporções muito mais reduzidas do que a compreensão contemporânea.