terça-feira, 10 de março de 2009

Salvação Integral: Por uma Soteriolgia mais ‘Concreta’.


"Ora se eu sendo Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros" João 13.14



A Salvação em seus múltiplos aspectos e conceitos constitui o anseio maior de todos os seres humanos em todos os tempos, fato passivo de comprovação ao observarmos as religiões; pois todas elas pregam uma soteriologia. O Cristianismo também não é diferente, afirmamos que o grande Deus mediante o sacrifício vicário do Cristo proporcionou-nos um escape das mazelas e contingências do existir, somo salvos pela graça mediante a fé, sendo a mesma um dom gratuito de Deus, estamos sendo salvos ao que chamamos de santificação, e seremos salvos cabalmente ao chegarmos ao céu o que denominamos glorificação. O certo é que todos os modelos propostos pelo cristianismo para o vocábulo salvação enaltecem o espírito em detrimento ao corpo, relegando ao mesmo uma categoria inferior, revivendo assim o gnosticismo que por sua vez realçava a esfera espiritual em detrimento a material.
As teologias sistemáticas ou dogmáticas em sua grande maioria, ao tratarem sobre o tema da salvação, divergem quanto à forma e aplicabilidade, ordo salutis, ou o seu equivalente em português ordem da salvação, calvinistas e arminianos digladiam uma luta hercúlea (ínfima?) advogando a ortodoxia soteriologica correta.
Acredito que a Salvação porvir é verdadeira, pois a nossa esperança em Cristo não se limita a essa vida, se assim fosse seriamos os mais miseráveis de todos os homens (I Cor. 15.19), todavia diante das misérias humanas, e o aumento vertiginoso das classes menos favorecidas, mormente na nossa nação que tem hoje 56,9 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza e 24,7 milhões de pessoas vivendo em extrema pobreza. A igreja precisa pregar uma salvação holística, uma Soteriolgia mais ‘concreta’, uma doutrina da Salvação do Reino “Já”, um postura profética diante das misérias humanas. A salvação integral é mais do que mero proselitismo baseado em doações de donativos, e antes de tudo a tomada de consciência do dever inalienável da igreja em anunciar a “boa nova toda a toda gente boa e nova”, o evangelho todo para o homem todo, e para todos os homens; sem fazer dicotomia entre o corpo e a alma, pois “Corpo sem alma é defunto, e alma sem Corpo é fantasma”




Fanuel Santos


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