quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Eu, Pessimista?


É frustrante quando não se tem para que lutar, viver torna-se um constante e tedioso abrir e fechar de olhos, o desespero bate na porta da existência ainda quando nem ao menos acordamos para vida. A crise da meia idade, expressão pela a qual é conhecida a fase que a pessoa é jovem de mais para ser velho, e velho de mais para ser jovem mostra a sua carranca mais cedo. Admiro com certo ar de ‘inveja’ as historias contadas pelos os jovens da geração de 70 quando havia utopias para militarem, (comunismo), quando ser jovem crente ainda era um ato subversivo, e tinha um “q” de missão impossível, era dizer não ao sexo antes do casamento, era ser quadrado e não se contaminar biblicamente falando com as “finas iguarias do rei”Dn1 8, e todos professavam o clássico texto de Filipenses 3.20 “mas a nossa cidade esta no céu, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,” sofríamos, mas ainda sonhávamos com o paraíso, éramos motivados pelo anseio de deixar esse mundo por belas canções da harpa cristã (hinário oficial das Assembléias de Deus) “da linda pátria estou bem longe; cansado estou; eu tenho de Jesus saudade” numero 036. Entretanto o comunismo ruiu, a queda do muro de Berlim é emblemática; o capitalismo? Nem precisa de argumentos, deixe que a crise que estamos passando fale por si só. Os jovens crentes aderiram o paradigma do mundo do ‘ficar’, e o sexo pós-nupcial é um assunto retrógado que não mais se encaixa no estilo ‘gospel’ moderno de ser. O sonho do paraíso que outrora era a nossa esperança maior fora horizontalizado, com promessas de riquezas aqui na terra, tudo isso sobre a nefasta propaganda de pregadores da norte americana teologia da prosperidade, que mais parecem vendedores da Herbalife. Enganaram-nos! Disseram que se malhássemos e tivéssemos o corpo perfeito seriamos felizes, isso explica porque na minha região já morreu dois jovens pelo uso de anabolizantes, e milhares de moças pelo o Brasil sofrem com a bulimia e cirurgias plásticas aumentam constantemente. Vivemos o império do mimetismo vestimos as mesmas roupas, usamos as mesmo desodorantes que protegem 24hs, adoramos do mesmo jeito, com as mesmas frases, e como as mesmas caras e bocas, e não confundam isso com sinceridade; temos o mesmo “Nike", andamos nas mesmas bikes, e comemos comida diet, e todos são assustadoramente iguais, uns mais iguais que os outros. Os jovens fazem sexo, ou como os mais apaixonados dizem, fazem “amor” cada vez mais cedo, e descobrem não o prazer, mais o desprazer em saber que amor não se faz se sente, e que eles se tornaram apenas vítimas dos apelos pansexuais de uma mídia inescrupulosa; e descobrem em uma bela manhã de outono, que a vida é sem graça? e entoam o single do popstar inglês Robbie Williams Come undone. http://www.youtube.com/watch?v=jbUmcw5BmJU
"Eles estão vendendo lâminas e espelhos na rua Rezo pra quando eu estiver caindo, você estar dormindo Se eu te machucar, sua vingança será tão doce Porque eu sou a escória E eu sou seu filho Eu me acaboEu me acabo"
Não! A vida tem graça sim, e por paradoxal que seja também tem um sentido, porque ainda existe o fator Deus, ainda temos a fé, e no meu caso amigos que mesmo morando em Manaus não medem esforços para nos proporcionarem momentos felizes (valeu Dhenyffer Silva rsrsrr!) ainda podemos contar com o abraço sincero dos nossos familiares e sermos acordados com o gorjear dos pássaros do serrado Brasileiro. Eu, pessimista? Não! realista! estou aprendendo a ver prazeres nas pequenas coisas, razões para viver que me surpreendem constantemente. "Parva Levis capiunt animus" pequenas coisas cativam almas delicadas.

Orando por suas vidas e na correria!
Fanuel Santos.

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