quarta-feira, 3 de dezembro de 2008



I– INTRODUÇÂO
Verba volant scripta manent
"Palavras voam, escritos ficam"


Quando criança no interior da Bahia lembro-me de sentar perto de alguns obreiros idosos da Assembléia de Deus e os ouvir contar sobre a chegada da Igreja ao Brasil, bem como as sagas de missionários pelos rincões do sertão nordestino, desafiando padres e a religiosidade sincrética do "Ethos baiano", (ALENCAR, 2005). Naquelas historias eu dava asas a minha jovem e indômita imaginação e via-me como um deles, em lutas quixotescas, contra os poderes das "trevas". Verdade ou não, aquilo serviu para a formação da minha personalidade e identidade, parafraseando Euclides da Cunha, pensava eu: "os Pentecostais são antes de tudo um forte". Não foi preciso muito tempo, para me perceber que a reflexão histórica dentro das Assembléias de Deus era relegada a um ultimo plano, circunscrita apenas a culto e semanas de "conscientização missionárias", com relatos mutilados e multilantes em conteúdo. Essa monografia "Desconhecimento denominacional: Hipóteses porque os Assembleianos desconhecem sua historia", elaborada apartir de pesquisas bibliográficas, mormente, livros e artigos, propõe responder os motivos que levam a isso, para tanto no primeiro capitulo trabalho o nascimento do pentecostalismo clássico, bem como algumas idiossincrasias do movimento nos seus primevos, visando uma melhor compreensão de algumas questões. Relato de forma concisa, todavia não superficial sobre a vida do evangelista Willian Seymour, e como se deu a formação da Assembléia de Deus.
No segundo capítulo faço um breve panorama sobre a inserção da Assembléia de Deus em solo "Tupiniquim" (ALENCAR, 2005), e como foi o crescimento nos primórdios da denominação, como se da o crescimento de forma periférica pela nação brasileira.
Este pentecostalismo, atualmente nominado de "clássico", foi trazido por imigrantes pobres, sendo, portanto, absolutamente marginal, por ser uma religião de pobres e pretos. Aqui cresce entre imigrantes nordestinos e alcança todo o país sempre de forma periférica. (ALENCAR, 2000, Pg.10)
No terceiro capitulo falo sobre a importância, do conhecimento histórico, nos diversos seguimentos da vida. Levanto as hipóteses sobre o desconhecimento histórico e a suas implicações no seio da comunidade assembleina. O tema da monografia me defende de possíveis adjetivações precipitadas, "Hipóteses", não estou afirmando, apenas inquirindo, como o a reflexão histórica é visto no centro das comunidades da Assembléia de Deus no Brasil. Não esgotando sobre o assunto lanço mão da Hipérbole, Joanina, o "mundo todo não conteria os livros que seriam escritos", se pormenorizássemos a inserção da Assembléia de Deus no Brasil.

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