sexta-feira, 5 de junho de 2009

“VIDA E OBRA DE BUBER




Martin Buber, nasceu em Viena aos 8 de fevereiro de 1878. Após o divórcio de seus pais, partiu para Lemberg, na Galícia, cidade onde moravam seus avós paternos. Buber passou assim sua primeira infância com seu avô Salomão Buber, grande autoridade da Haskalah. Junto dessa família o jovem Buber teve a chance de experimentar a união harmoniosa entre a tradição judaica autêntica e o espírito liberal da Haskalah. A atmosfera era propícia para uma piedade sadia e para um profundo respeito pelo estudo. Teve aí a oportunidade de aprender o hebreu, de ler os textos bíblicos e de tomar contato com a tradição judaica. Aos 14 anos voltou a morar com o pai. Matriculou-se no ginásio polonês de Lemberg.
Em 1896 Buber entrou para a Universidade de Viena, matriculando-se no curso de Filosofia e História da Arte. Mais do que em qualquer lugar, encontra-se em Viena o exemplo típico de uma cultura aberta a toda sorte de influências, oriundas de todos os quadrantes do mundo eslavos, judeus e românticos. A recém-formada escola vienense era neo-romântica e o lirismo ou o diálogo lírico estava aí presente em sua forma de criação e expressão. Toda a atmosfera da intensa vida social e cultural de Viena contribuiu para tornar Buber um devoto da literatura, da filosofia, da arte e do teatro. Isso contribuiu de algum modo para ele esquecesse suas raízes judaicas. Não foi senão mais tarde, no final de seus cursos universitários, que a consciência da força e profundidade da tradição judaica ressurgiu. Em 1901 entrou na Universidade de Berlim onde foi aluno de Dilthey e G. Siimmel. Em Leipzip e Zurich dedicou-se ao estudo da psiquiatria e da sociologia. Em 1904 recebeu, em Berlim, o título de doutor em filosofia.
Em Berlim entrou em contato com uma comunidade fundada pelos irmãos H. e J. Hart, a "Neue Gemeinschaft", que representava um oásis para a jovem geração: aí os jovens podiam se expressar livremente. A comunidade apresenta um desejo ardente de novos tempos: o lema era viver mais profundamente a humanidade do homem. Foi aí que Buber travou amizade com Gustav Landauer, personagem este que o influenciou profundamente.
Buber era um membro ativo no seio da comunidade universitária. Os jovens se reuniam amiúde, para discutir em conjunto os problemas que mais lhes interessavam. As reuniões se realizavam à maneira de seminários nos quais cada um dos participantes tinha a chance de expor um trabalho que seria discutido por todos. Buber fez aí duas exposições: uma sobre Jokob Boehme e outra intitulada "Antiga e nova comunidade" onde afirmou ‘nós não queremos a revolução, nós somos a revolução’.
Participante ativo dos primeiros Congressos do movimento sionista. Buber foi escolhido primeiro secretário. Alguns anos mais tarde chefia uma revolta de cisão no seio do movimento, por discordar da orientação do presidente e fundador Theodor Herzl.
De 1916 a 1924 Buber foi editor do jornal "Der Jude". Em 1923 foi nomeado professor de História das Religiões e Ética Judaica, na Universidade de Frankfurt. A cadeira, única na Alemanha, foi posteriormente substituída por História das Religiões. De 1933, quando foi destituído do cargo pelos nazistas, até 1938 Buber permaneceu em Heppenheim. Em 1938 aceitou o convite da universidade de Jerusalém, para lá ensinar Sociologia. Buber tinha então 60 anos. Esse período foi de intensa atividade intelectual. Suas pesquisas se aprofundaram em diversas áreas: estudos sobre Bíblia, Judaísmo e Hassidismo; estudos políticos, sociológicos e filosóficos.
Buber morreu em Jerusalém a 13 de junho de 1965.
Fanuel Santos... Brasilia Df..
PS. Frio pra caramba...

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